A professora de negócios e consultora Yoko Ishikura, de 70 anos, quer que todos exibam a mesma disposição que ela e se concentrem na tarefa de criar a Sociedade 5.0. O conceito, lançado no Japão, define a economia centrada no ser humano, com tecnologias como robótica servindo a cada indivíduo, para quebrar limites como idade e geografia. Integrante de uma rede de experts do Fórum Econômico Mundial, Yoko dá aulas de estratégia na Universidade Hitotsubashi, em Tóquio. Ela esteve na Bahia para o IT Forum 2019 e conversou com Época NEGÓCIOS.
O VALOR DA DISCORDÂNCIA “Precisamos de pessoas com diferentes histórias, nacionalidades, gêneros e idades dentro das empresas. Quando as pessoas discordam, a criatividade entra em funcionamento e um caminho é encontrado. Se você passa seu tempo apenas com quem compartilha as mesmas visões e opiniões, nos mesmos lugares, sua rede será enviesada. É preciso viver o máximo possível de experiências para estimular as oportunidades de interação e, consequentemente, de inovação.”
IESES PERIGOSOS À FRENTE “Acham que inteligência artificial (I.A.) resolve tudo, mas discordo. As I.A.s vão enfrentar um problema de viés, porque o big data que usam para funcionar não tem a diversidade necessária. Se unirmos a criatividade das pessoas com o poder de análise das I.A.s, teremos uma combinação perfeita.”
ENVELHECIMENTO COMO OPORTUNIDADE “O envelhecimento [das sociedades] ainda é um desafio. Estamos tentando entender como nos adaptar. A tecnologia ajuda — como falta mão de obra no Japão, a indústria 4.0 tem sido importante. Meu físico já não me ajuda como antigamente, mas decidi estudar programação. Hoje, faço sites de casa. Vai ser muito melhor ter um robô em casa do que ficar sozinho.”
A professora de negócios e consultora Yoko Ishikura esteve no IT Forum 2019
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