A resposta não sai no resultado de exame de sangue.
É invisível, o início. Toma a mente como erva daninha engolindo a árvore.
Do sofrimento psíquico até o tratamento, o quadro pode agravar.
A família sofre junto, impotente, buscando alternativas para aliviar a situação, quase sempre sem sucesso.
A negação é a primeira reação familiar. Questionam a perda de energia, um sinal clássico inicial, achando que é “frescura ".
A família de uma pessoa deprimida, também fica doente.
Sem futuro,
Sem confiança,
Sem fé na vida, nos homens, nos anjos.
“Acordo e vou dormir sem vontade”.
Às vezes choro sem motivo, mas só choro. Não falo nada.
Não quero me explicar.
Não quero trabalhar.
Perdi a fome.
Não quero sair da cama.
Está tudo cinza.
Está escuro.
Será que isso é a morte?.
Sintomas:
Alterações do humor: tristeza, irritabilidade, falta da capacidade de sentir prazer, apatia;
Alterações cognitivas e psicomotoras;
Perda de energia, fadiga e cansaço;
Perda de prazer na vida;
Incapacidade ou perda de raciocínio. O pensamento pode ficar confuso ou ocorrer falhas na memória;
Alterações no sono: insônia (mais comum) ou sonolência;
Alterações no apetite: perda do apetite é mais comum, mas pode ocorrer um desejo compensatório em comer excessivamente;
Crises de choro;
Isolamento social;
Pensamentos suicidas.
Diagnóstico e Tratamento:
O diagnóstico deve ser feito quanto antes, por meio de uma anamnese detalhada de um psicólogo e/ou psiquiatra.
Se há sensação de incapacidade da vida diária, é mais severa.
Se é apenas perturbadora e não impede a rotina, não é grave.
No entanto, ambos os casos merecem atenção.
As causas podem ser de origem orgânicas, psíquicas ou sociais.
São multifatoriais e estão sempre associadas.
Não há como olhar para um quadro depressivo, sem olhar a pessoa como um todo.
A história familiar, repetição de padrões: abandono, desamparo, perdas de toda espécie (divórcio, morte, rompimentos amorosos, perdas financeiras), associadas a causas orgânicas, podem funcionar como gatilho da depressão.
O tratamento é o acompanhamento psiquiátrico com uso de antidepressivos associados à psicoterapia.
Não há cura sem tratamento.
Autora:
Helena Marques
Link para o site da autora: https://www.helenamarquespsi.com.br/post/estou-deprimido
Comentários