Especialistas explicam quais são os cuidados mais adequados em cada fase da vida da mulher.
O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente entre as mulheres brasileiras –fica atrás apenas do de pele (não melanoma) e corresponde a 28% dos novos casos registrados no país por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).
Existem vários tipos de câncer de mama; alguns evoluem mais rapidamente, outros mais lentamente. Mas uma coisa vale para todos: um em cada três casos pode ser curado se o tumor for descoberto precocemente. Afinal, um diagnóstico na fase inicial permite começar mais cedo um tratamento menos agressivo e com mais chances de sucesso.
Por isso é tão importante fazer não só o autoexame, mas também os exames de rastreamento. Entre eles, o mais importante é a mamografia, uma radiografia da mama que revela alterações — como calcificações e nódulos — que podem ou não ser malignas.
A indicação dos especialistas é realizá-la uma vez por ano a partir dos 40 anos. Antes dessa idade, o tecido mamário é muito denso, por isso fica difícil identificar indícios de um tumor. “Depois dos 40, a mama tem mais gordura, então é possível ver melhor a diferença entre um nódulo e o tecido”, explica Alessandra Bedin, ginecologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
O ultrassom de mamas, que pode ser feito em qualquer idade, é considerado um exame de apoio à mamografia, mas não a substitui. “Um exame complementa o outro: o ultrassom é bom para identificar cistos e nódulos benignos, mas a mamografia pega antes a calcificação”, explica Bedin.
O câncer de mama é mais comum em mulheres após os 35 anos, e a partir dessa idade sua incidência vai crescendo progressivamente, especialmente após os 50. “A idade é o maior fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Quanto mais aumenta, maior o risco”, explica o médico mastologista Anastasio Berrettini, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Mas isso não significa que as mulheres só devem se preocupar com a prevenção do câncer depois de uma certa idade. É preciso se cuidar desde cedo, com exames que vão se complementando ao longo da vida, apontam especialistas consultados pelo Viva a Longevidade. Eles explicam, a seguir, como deve ser feita a prevenção em cada fase e quais são os exames mais indicados para detectar o câncer de mama em estágio inicial.
UM CUIDADO PARA CADA IDADE
Os exames mais indicados para detectar o câncer em cada fase da vida
A PARTIR DOS 50 ANOS
Atenção à reposição hormonal
Após a menopausa, a terapia de reposição hormonal pode aumentar o risco de câncer de mama — e isso vale especialmente para a que combina estrogênio e testosterona. Nessa faixa etária, quem faz a reposição deve conversar com diferentes médicos (endocrinologista, ginecologista e geriatra) para discutir a melhor maneira de prevenir o câncer.
Chega de ultrassom
Até os 50 anos, o ultrassom de mamas pode complementar a mamografia, pois é mais eficiente para detectar nódulos e cistos em mulheres que têm tecido mamário muito denso. Depois dessa idade, ele é dispensável. “O ultrassom só complementa quando a mama é muito densa. A mulher de 50 anos deve fazer apenas a mamografia”, reforça o mastologista Anastasio Berrettini.
70 ANOS
A partir dessa idade é recomendado fazer apenas uma mamografia a cada dois anos.
59.700 Novos casos de câncer de mama
devem ser registrados no país em 2018
28% É a fatia do câncer de mama
entre os novos casos de câncer registrados no Brasil
1% dos casos de câncer de mama
acomete os homens
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